História social da Argentina contemporânea /

Por: Tipo de material: TextoTextoIdioma: Português Detalhes da publicação: Brasília, DF: Fundação Alexandre de Gusmão, 2017. Edição: 2. edDescrição: 417 pAssunto(s): Resumo: Qual é a grande vantagem para um não argentino ler uma obra de Di Tella? É a de que Di Tella não militava nos setores que geralmente protagonizam os antagonismos argentinos. Ele é uma daquelas escassas vozes que não se alinham automaticamente e integralmente a um dos lados em feroz conflito com outro. A Argentina, na contramão do Brasil, foi na totalidade do tempo um país onde o antagonismo foi o leitmotiv. Ou melhor, um furibundo antagonismo. Desde os tempos da independência argentina a atitude de consensuar (ou conciliar)foi uma ação desconhecida. Não era sequer malvista. Simplesmente inexistia. Era inimaginável. Enquanto o Brasil era comandado por um imperador, as várias partes da Argentina eram controladas por caudilhos que lutavam entre si. Morenistas versus saavedristas foram substituídos por outros grupos no ringue político argentino: federais versus unitários. Estes foram seguidos pelos conservadores contra os radicais. Na sequência a briga foi entre radicais e peronistas. Depois vieram os kirchneristas versus os antikirchneristas. Mas os livros de Torcuato salvam-se desse binarismo brega. Di Telia possuía o que os espanhóis chamam de desparpajo, isto é, aquele jeito de falar ou agir sem timidez e que poderia parecer insolência ou ironia, mas que consiste, no fundo, em pura sinceridade.
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Livros Livros Biblioteca Nacional de Agricultura - Binagri Acervo Cultural B50 BS0003793 (Percorrer estante(Abre abaixo)) 01 Disponível B50 BS0003793

Edição revisada (Coleção relações intenacionais).

Qual é a grande vantagem para um não argentino ler uma obra de Di Tella? É a de que Di Tella não militava nos setores que geralmente protagonizam os antagonismos argentinos. Ele é uma daquelas escassas vozes que não se alinham automaticamente e integralmente a um dos lados em feroz conflito com outro. A Argentina, na contramão do Brasil, foi na totalidade do tempo um país onde o antagonismo foi o leitmotiv. Ou melhor, um furibundo antagonismo. Desde os tempos da independência argentina a atitude de consensuar (ou conciliar)foi uma ação desconhecida. Não era sequer malvista. Simplesmente inexistia. Era inimaginável. Enquanto o Brasil era comandado por um imperador, as várias partes da Argentina eram controladas por caudilhos que lutavam entre si. Morenistas versus saavedristas foram substituídos por outros grupos no ringue político argentino: federais versus unitários. Estes foram seguidos pelos conservadores contra os radicais. Na sequência a briga foi entre radicais e peronistas. Depois vieram os kirchneristas versus os antikirchneristas. Mas os livros de Torcuato salvam-se desse binarismo brega. Di Telia possuía o que os espanhóis chamam de desparpajo, isto é, aquele jeito de falar ou agir sem timidez e que poderia parecer insolência ou ironia, mas que consiste, no fundo, em pura sinceridade.