000 01880nam a2200253 a 4500
001 BS0003661
003 BR-BrBNA
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008 230308b |||||||| |||| 00| 0 por d
040 _aBR-BrBNA
_bpor
_cBiblioteca Nacional de Agricultura
041 _apor
072 _aB51
090 _aB51 BS0003661
110 1 _aArquidiocese de São Paulo
245 1 _aBrasil: Nunca mais /
250 1 _a12. ed.
260 3 _aPetrópolis, RJ:
_bVozes,
_c1985.
300 _a312 p.
500 _aPrefácio de Dom Paulo Evaristo Arns.
520 3 _aAs experiências que desejo relatar no frontispício desta obra pretendem reforçar a idéia subjacente em todos os capítulos, a saber, que a tortura, além de desumana, é meio mais inadequado para levar-nos a descobrir a verdade e chegar à paz. Não há ninguém na Terra que consiga descrever a dor de quem viu um ente querido desaparecer atrás das grades da cadeia, sem mesmo poder adivinhar o que he aconteceu. O "desaparecido" transforma-se numa sombra que ao escurecer-se vai encobrindo a última luminosidade da existência terrena. O que mais me impressionou, ao longo dos anos de vigília contra a tortura, foi porém o seguinte: como se degradam os torturadores mesmos. Esse livro, por sua própria natureza, não pode dar resposta plena à questão. Advertia um general, aliás contrário a toda tortura: quem uma vez pratica a ação, se transtorna diante do efeito da desmoralização inflingida. Quem repete a tortura quatro ou mais vezes se bestializa, sente prazer físico e psíquico tamanho que é capaz de torturar até as pessoas mais delicadas da própria família. A imagem de Deus, estampada na pessoa humana, é sempre única. Só ela pode salvar e preservar a imagem do Brasil e do mundo.
650 _aHISTÓRIA DO BRASIL
909 _a56
_bSergio Santos
_c56
_dSergio Santos
942 _cBK
999 _c16799
_d16799